Sôfrega avança a mancha cobrindo a visão. Bebedeira de luz, de cor, de força. Um relâmpago sem trovão, rasgando na ausência a viagem, como uma faca sem lâmina. Depurada corre a estrada perdida nos caminhos secundários e na insónia dos mapas. Fontes descendo as montanhas donde se soltam os ecos e as brumas. Uma hipérbole de cascatas reflectindo o som do canto gregoriano e a solidão dos claustros. Listas de cor girando num carrossel de luz.
- Desculpa, disseste que a vida estava sem graça, foi?HFM - 17 de Janeiro de 2008
foto de Avela
10 comentários:
Vida inscrita em luz e em cor, essa que o diário regista.
Solta como um solo de violoncelo.
Boa semana
Abraço
Certamente hai días que a vida está sen gracia ningunha...
Apertas e a disfrutar deste espazo novo que comeza a súa andaina.
:)
...e estava mesmo...
mas das tuas mãos brotam palavras arco-iris, cascatas da mais colorida sonoridade, que atravessam o atlantico
e iluminam o dia!!!
por vezes os reflexos lembram-nos a riqueza que existe à nossa volta
Prosa poética tanto quanto a poesia da névoa da imagem.
Um abraço
Tudo depende sempre, sempre, do ponto de vista...
Adoro a réplica final, como contraponto ao texto. Excelente.
beijo
Paisagem que faz a diferença
e se interroga
sem graça?
apenas o lado vis
ível,
~
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