quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Do diário



Nunca te repitas. O tempo não esquece as feridas nem a raíz. É sangue tangendo o cello na sombra da morte. Uma lucidez nos dedos da memória. Uma incerteza que o corpo sempre aguenta.

Por isso te digo, nunca te repitas. Na incerteza, enrosca as dúvidas nas palavras adiadas; um dia elas pedirão aos deuses a sabedoria.

Imagem de Kathryn Crocker

15 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

lúcida e sábia. em dia de restauro.


beijo-te H.



sempre....ao correr dos dias....

Teresa Durães disse...

também não acredito na repetição. Um passo que já foi dado e depois findado teve a sua razão

Graça Pires disse...

"Por isso te digo, nunca te repitas. Na incerteza, enrosca as dúvidas nas palavras adiadas".
Mas de tudo o que fica por dizer resta sempre tanta coisa apetecida...
Um beijo Helena.

Ad astra disse...

as time goes by...

Justine disse...

Palavras sábias e contidas, mas plenas!

jrd disse...

Espantosa sabedoria.
Como se fora o dia dos "Deuses"
Abraço

Bandida disse...

ofuscante poema. magnífica lucidez que nos leva sempre para o quarto escuro da palavra.

adorei!

Ad astra disse...

o cello...pois o cello
mais uma...
(eu sabia!)

Anónimo disse...

Repete-te, na ilusão angustiada de que tudo será igual ao que era dantes...
Beijinho!

Rui Afonso disse...

Palavras certeiras. Escrita sapiente.

Manuel Veiga disse...

... e Palavra então sugirá plena!

sagesse. a tua

beijos

mariab disse...

das palavras que ficam por dizer. à espera da hora certa. inteligentes palavras. beijos

Anónimo disse...

Atempadamente irrepetível.




Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

Fred Matos disse...

Belo, Helena.
A ilustração também.
Beijos

© Maria Manuel disse...

belíssimo texto, de finas metáforas.