despenhando-se no mar
erosão humana
os flamingos rosa
exibem-se no pântano
outra passerelle
lãs multicolores
transformam juta em tapetes
pontos de artesã
o vento insurrecto
rodopia nas pessoas
quebram-se vaidades
dunas verdejantes
sobre a areia e o mar
pingos de miragem.
HFM - in Resist(ir) Assim, Poesia a Doze, Editorial Minerva, 2000
20 comentários:
Para saber ler, basta saber sentir.
Obrigada, Helena, pelas falésias e pelas dunas.
Das precisosidades!... :))
Escorre cor nesta tela feita poema...
muito bem! gostei!
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Ah a velha Minerva!
Gosto de todos estes Haiku, especialmente deste:
"o vento insurrecto
rodopia nas pessoas
quebram-se vaidades"
Um abraço
Esqueci-me: Helena posso editar o do vento no Poeta Salutor? Grato
Excelentes...
É deslumbrante a dimensão da singeleza!
gostos deste Haikais
Dias diferentes, olhares diferentes, sentires diferentes...
A mesma perspicácia, verdade e atenção ao que acontece.
Estas, sim e também, são as preciosidades orientais (tuas) que me encantam sempre. Este tanger as palavras como uma pluma.
Bjinho
Tanta beleza contida nesta aparente simplicidade! **
Sinto os materiais brotando das mãos de quem trabalha o poema com os instrumentos do pintor!
O modo de dizer muito com poucas palavras. Foi o que fizeste de um jeito lindíssimo. Um beijo.
Como sabes adoro haicais...
Lindos, lindos....
Beijinho da flor
Artesã da palavra, tens aí uma tapeçaria tecida com o calor dos afectos. Muito belo
miragens multicolores...
ler com os olhos de emoção. poética.
admirável talento. o teu
beijos
ponto por ponto
gostei imenso dos haikais! pérolas.
despenhei-me num mar rosa flamingo
não, não foi miragem.
(sabes que me ofereceram este livro?)
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