Imagem da net de António Inglês. Faial junto ao vulcão dos Capelinhos. Na impossibilidade de, por agora, trabalhar todas as fotos que tirei.
Apesar do nevoeiro denso que vejo para lá da janela sei-me, de novo, nesta terra. Ainda há o oceano, o mesmo, e a mesma espécie de "abafamento" menos densa e de características indefinidas. Apenas a paisagem é outra. Apenas aqui para dar nota da chegada enquanto tudo se arruma dentro de mim.
Trago largos espaços oceânicos e a paz da sua liberdade e extensão. Trago ainda os verdes preenchendo imaginários e os labirintos da vida. Trago a fundura de certos vales que, a pique, se afundam no mar. Trago a pedra, a lava, a sombra, o ocre e toda a paleta da saudade. Trago também os trilhos por onde passeei a sede das descobertas. Trago, em mim, as velhas ladainhas, os ritmos, as fantasias e a eterna sede de descoberta. Como diz a tshirt que me ofereceram e que tanto usei fui
nomade
globe trotter
et libre
e ainda acarinho todos os privilégios que isso me aporta como um galeão que ainda sulca as vertigens de todos mares perdidos.
10 comentários:
Mal chegas e nos deixas assim, sem fôlego, neste escrito quase telúrico, de profundezas ígneas e marinhas.
Bem-vinda!
verdadeiro canto de garajau
contendo a nostalgia das brumas.
"Trago também os trilhos por onde passeei a sede das descobertas"
Trazer tudo contigo para este maravilhos texto...
Um beijo, Helena.
Belíssima janela que nos trazes
Belíssimo texto, que tão bem retrata a viagem às raízes,ao essencial!
Belo regresso
vulcânico
Quem vai "lá" vem cheio de todas essas plenitudes. Tu sabes cantá-lo, de forma única. Um beijo no teu regresso.
Bom regresso dessa terra mítica dos basaltos e dos verdes sufocantemente belos.
Um beijo.
Ter alma de viajante e ser livre.
Mas ainda bem que já regressaste... :-)
trazes tanto dentro de ti! um oceano de belas memórias...
um beijo.
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