Pergunta-me o Cabo que vislumbro da janela sobre a serra e o mar de que cor se fazem os dias da bruma. Penso na paleta. Nas suas misturas. Na teoria das cores. No olhar. E de supetão respondo-lhe:
- Fazem-se da saudade, da urgência, das falésias a pique e dos cabos, das presenças, das sintonias que só o mar amplia e do feitiço que todas as brumas carregam. Se quiseres, Cabo, podes juntar-lhe azul, um pouco de magenta e qualquer outro tom que o olhar encontre no fundo de outro olhar onde se adoçam certezas.
Ericeira, 20 de Setembro de 2009
10 comentários:
a esta hora
ainda mais belo
o teu poema de azuis
quantas cores tem a bruma
e música,também tem a música
(Que beleza)
Helena
Não tenho comentado, mas é com imenso agrado que te visito, sempre que actualizas o blogue.
Um beijo amigo.
Fulgurante, a cor que descreves...
Fulgurante !
Palavra de Justine !
cordialmente
__________ JRMARTO
E fazem~se das palavras dos poetas.
Abraço
Os dias da bruma fazem-se da cor dos teus olhos quando escreves.
Muito belo!
Um beijo.
belíssimo o teu texto, impressionista como uma tela de palavras.
e gostei do teu farol sobre o mar!
um beijo.
voltei para ler este texto magnifico
onde se adoçam certezas
belíssimo esse encontro de azuis (no fundo dos olhares)...
beijo
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