Hoje estou sem estar
uma ponte entre ser e viver
um vazio que não preencho
a secura indiferente que os olhos
cavam no dia. E as cores
escorrendo, cá dentro, como
uma aguarela sem tintas
só a transparência das horas
e os passos por percorrer.
Melodias sem clave nem instrumentos!
HFM - Lisboa, 12 de Dezembro de 2009
6 comentários:
"um vazio que não preencho". Acontece tantas vezes quando há dentro de nós um desassossego permanente.
Um bom poema, Helena.
Um beijo.
O vazio, desenhado pelas palavras, abre seguramente a porta a novos lugares onde se podem reacender aguarelas tingidas de luz e vida.
Um beijo, amiga!
Às vezes conforta estar algures entre nenhures e lado algum.
É como se fosse o vazio cheio.
Abraço
Um tempo suspenso, em desassossego.
Um beijo.
os passos por percorrer são os que mais gosto...
há dias assim
dolente. dorido...
melodioso. no entanto...
beijo
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