- Também pensei num modelo de cidade de que deduzo todas as outras - respondeu Marco. - É uma cidade feita só de excepções, impedimentos, contradições, incongruências, contra-sensos. Se uma cidade assim é o que há de mais provável, diminuindo o número dos elementos anormais aumentam as probabilidades de existir realmente a cidade. Portanto basta que eu subtraia excepções ao meu modelo, e proceda com que ordem proceder chegarei a encontrar-me perante uma das cidades que existem, embora sempre como excepção. Mas não posso fazer avançar a minha operação para além de um certo limite: obteria cidades demasiado verosímeis para serem verdadeiras.
Italo Calvino - As Cidades Invisíveis
4 comentários:
convem de facto não abusar do Caos - ou acabamos por ser perfeitos!...
beijos
(Peço desculpa pelo (não) comentário anterior).
(...) E Polo: -Viajando percebemos que as diferenças se perdem, cada cidade se vai parecendo com todasa as cidades, os lugares trocam entre si a forma ordem distâncias, uma poeira invade os continentes.(...)
Daqui, de uma cidade diferente, um abraço amigo.
sem duvida um grande livro
Enviar um comentário