O silêncio socorre-se dos labirintos por onde se esgueira. Aí reina. Aí domina. Aí se centra no interior e no fundo das sombras. Nele me sento. Rente, rente à borda da vida. Cantando para dentro as mágoas que o silêncio impede que se soltem. Como uma promessa adiada que nunca se cumprirá. Fogo que ninguém vê. Roturas que apenas pressinto. Sinónimos vagos de uma língua que desconheço. E a solidão.
Só o mar vigia e espera.
8 comentários:
das esperas...
silêncio sombras e sonhos...
mesmo que adiados
mas o silêncio fez-te escolher uma imagem magnífica...
mas solta-o, nem que seja rente ao mar...
abraço Helena
O silêncio; essa vastidão de sombra.
No marulhar das ondas revelam-se os silêncios da espera.
O silêncio é as vezes demasiado ruidoso... principalmente quando "canta por dentro das mágoas".
Um grande beijo, Helena.
Belíssimo texto, como écfrase para uma esxtraordinária fotografia, cheia do mistério das teias do silêncio.
Do tempo
as teias dos tantos espaços mudos
esperas
Bjs da bettips
tantas vezes me sinto exatamente assim...
um beijo daqui, querida.
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