Era o mar revolto
encostada a ti
sentia a força
e a música aspergindo
a ilha ainda distante
como um coro
embalando-nos
no descomprometimento
e numa melancolia breve.
Lentamente aproximavam-se
as Berlengas
e a verdadeira realidade
do silêncio
e da areia na tua pele
deserto onde acostei
na íngreme parede da duna.
HFM - Lisboa, 6 de Junho de 2011
9 comentários:
belo! beijos
música aspergindo
Encostados ao mar. Uma "analogia entis", um regresso. Gostei, e dos outros poemas anteriores também. Um abraço, Helena.
E haverá lugar de maior aridez e, simultâneamente, igual beleza que as Berlengas? O mar revolto que ameça engolir-nos e nos devolve a pequenez do que somos?
Vejo-as do terraço da casa num apelo de silêncio e palavra :)
Bem-haja
Beijo
Mel
Tactear a areia e sentir a pele.
Uma transposição linda da geografia para os corpos!
as ilhas são mágicas vistas de longe. como utopias de areia...
belíssimo, sim.
beijos
Do mar e do silêncio onde nascem as palavras.
Belo !
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