Lembras-te do cabo por onde rasava o nosso olhar? Perto da serra e do mar. Na fímbria das mãos e do frio. Onde o sol era rubro e o poente um acaso. Recordo as sílabas. As palavras. E, como uma promessa, deixo que o sol recorte, em contraluz, o meu perfil. Estático. Presente. Presença. Uma rajada de vida no mimetismo do instante.
HFM - Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011
7 comentários:
Memórias. Olhares. Poentes de fogo a queimar a voz....
Um beijo, Helena.
Tudo acontece e tudo permanece vivo "no mimetismo do instante"
... e aqui fico presa na confluência de uma escrita que tanto me diz.
Permita-me um beijo
Gratidão
Mel
É verdade
Que não seja o ocaso da memória no acaso do poente.
as palavras, a memória, a vida...
beijinho Helena
Que lindo... tal como o por do sol que subjaz a estas palavras!
as palavras em rajada avivando memórias.
presentes.
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