da net
O cimento dos dias arredonda a fadiga e o desprezo. Um tom cinza como que abafa este país. Uma voragem unilateral. Desumana. Desregrada. Um retorno só com bilhete de ida. Uma revolta que se (des)amansa e ferve, vindo por fora, e apagando o lume onde ainda nos aquecíamos. Como foi possível? E ainda nem 40 anos se passaram!
Desponta, na manhã de chuva, um sol pálido como que a encorajar a sobrevivência e, sobretudo, a revolta.
5 comentários:
é verdade.
o cinzento do cimento cola-se ao cinzento das nuvens e tudo fica pior...
abraço Helena
sem volta
sem nada a azular os horizontes...
Que chovam relâmpagos
que o grito se solte. nas gargantas abismadas...
Ninguém calará a palavra ao poeta.
Gostei muito.
Abraço.
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