quando do chão os pés não se soltam, o ritmo distorce a
ânsia e desvaloriza a serenidade. só na
noite o silêncio compõe a sinfonia que as ondas exibem no palco do mar e os
anzóis amarram-se nas artes dos velhos mestres, hoje, sem barcos.
assim vai a incúria. assim, no labirinto, apetece-me desistir.
não, não o farei – antes quebrar que torcer; como as árvores que gosto de
desenhar, também eu quero morrer de pé.
Lisboa, 18 de Novº de 2013
(fotografia retirada da net)
7 comentários:
Sim! Mas antes, viver e escrever de pé.
Um abraço amigo
Belíssimo
viver
morrer de pé
Como as árvores
-Que belo texto-
A Helena continua aqui de pedra e cal, resistindo...
Belo texto, como sempre quando aqui passamos.
Beijinho da girassol
Olá!
Long time no see...temos que nos ver um dia destes - passei pelo bairro alto e lembrei-me dos "comes" na Tasca do Zé (?)- bj Carlos -
... e colher os frutos de tua bela poesia.
Não desistas, nem das árvores nem das palavras. Há sempre um eco do outro lado, uma eco-hábito de gostar das coisas.
Bj da bettips
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