Quando nas palavras se ouve o eco do mar sabemos que passaremos todos os equinócios. Até o Bojador se torna tranquilo. Na boca apenas os resquícios de sal que vamos acumulando. No Inverno, quando a saudade apertar, ruminamos esses resquícios na imensa ternura com que nos aconchegamos nas palavras. Nas correctas. Nas insubmissas. Nas que teremos de inventar. E ainda naquelas que aceitamos nunca descobrir. Assim nos preparamos, entre equinócios e solstícios, para a longa inevitabilidade dos hiatos.
Continuar o vinte cinco no dia vinte seis...
Há 20 horas
13 comentários:
Este teu post é um MAR! :)
esta fotografia é linda
este texto é lindo
este blogue é um resquicio de sol
as tuas palavras quebram a "longa inevitabilidade dos hiatos...
e
... acon (chegam)...
O mar também tem pausas
para respirar
Bjs
Esses hiatos que nenhuma palavra pode dizeer...
Lindo texto e linda foto.
A mais bela maneira de preencher os hiatos.
Abraço
Tropecei com o seu blogue.
Gostei.
Voltarei mais vezes.
Aconchegar-se nas palavras. Belo!
Um conjunto de sentidos...o mar...a natureza,todo o mundo envolvente.
Bjs Zita
"Quando nas palavras se ouve o eco do mar" estamos preparados para navegar à deriva e amar os barcos e as ondas. Muito belo o texto e a fotografia.
Um beijo, Helena.
O tempo e as palavras - e como enganar ambos: com a poesia, como a que sobressai do teu texto!
as palavras e o mar, nossos consolos, nossos«aconchegos». gostei muito do texto.
hiatos e novos resquicios de sal. no lábios...
´
... assim se dobram Bojadores.
belíssimo.
beijo
belo, Helena.
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