quarta-feira, 30 de setembro de 2009



HFM



Quando nas palavras se ouve o eco do mar sabemos que passaremos todos os equinócios. Até o Bojador se torna tranquilo. Na boca apenas os resquícios de sal que vamos acumulando. No Inverno, quando a saudade apertar, ruminamos esses resquícios na imensa ternura com que nos aconchegamos nas palavras. Nas correctas. Nas insubmissas. Nas que teremos de inventar. E ainda naquelas que aceitamos nunca descobrir. Assim nos preparamos, entre equinócios e solstícios, para a longa inevitabilidade dos hiatos.

13 comentários:

Unknown disse...

Este teu post é um MAR! :)

Ad astra disse...

esta fotografia é linda

este texto é lindo

este blogue é um resquicio de sol

as tuas palavras quebram a "longa inevitabilidade dos hiatos...

e

... acon (chegam)...

Mar Arável disse...

O mar também tem pausas

para respirar

Bjs

Licínia Quitério disse...

Esses hiatos que nenhuma palavra pode dizeer...
Lindo texto e linda foto.

jrd disse...

A mais bela maneira de preencher os hiatos.
Abraço

Demóstenes disse...

Tropecei com o seu blogue.

Gostei.

Voltarei mais vezes.

Ana disse...

Aconchegar-se nas palavras. Belo!

Entre "linhas" disse...

Um conjunto de sentidos...o mar...a natureza,todo o mundo envolvente.
Bjs Zita

Graça Pires disse...

"Quando nas palavras se ouve o eco do mar" estamos preparados para navegar à deriva e amar os barcos e as ondas. Muito belo o texto e a fotografia.
Um beijo, Helena.

Justine disse...

O tempo e as palavras - e como enganar ambos: com a poesia, como a que sobressai do teu texto!

© Maria Manuel disse...

as palavras e o mar, nossos consolos, nossos«aconchegos». gostei muito do texto.

Manuel Veiga disse...

hiatos e novos resquicios de sal. no lábios...
´
... assim se dobram Bojadores.

belíssimo.

beijo

blue disse...

belo, Helena.