Berbere era o teu nome de vento e a simbologia do instante. A areia desenhava-te o corpo e esculpia-te o rosto no ocre estratificado das dunas. De ausências era o teu sorriso onde eu enquadrava a minha liberdade. Ritmos instáveis saboreando no ar a fragância do deserto e o silêncio envolvente dos nómadas que o atravessam.
Um dia voltarei e na miragem da tua mão estará sempre a certeza do inesquecível comprometimento.
HFM - Lisboa, 12 de Dezembro de 2010
9 comentários:
num silencio repleto de miragens
explodem melodias das palavras
"De ausências era o teu sorriso onde eu enquadrava a minha liberdade". Muito belo!
Um beijo.
Helena, sei por que me lembrei neste texto de algumas obras de Exupery.
A nostalgia e a beleza do deserto e dos seus povos.
Abraço.
Um Oásis de palavras.
Serão os berberes a personificação do mistério? Estava a pensar nisso com os meus botões, nómadas, talvez a representação da segurança, não sei.
Um texto belo!
não me canso nunca de ler este texto
Que beleza de imagem a que o texto se adequa lindamente.
Guardar a memória das miragens inesquecíveis.
Belíssimo texto e imagem.
surgem assim no deserto - raras formas de vida. e de liberdade.
belíssimo.
beijos
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