sobre o poema derramo a tinta apagando a indelével sabedoria das palavras. só os iniciados lerão o contexto fora das palavras e dos sons contidos nas árvores e no pergaminho. aí se sentam, como na vida, apenas os que aceitam que a sabedoria é uma busca, contante. para esses o graal - a eterna procura sem paga nem remissão. santos ou vilões eles sabem que não é na tinta que está o poema mas na junção das palavras certas no losango de cada vida.
HFM - Lisboa, 15 de Março de 2010
5 comentários:
Helena, no tempo que os tinteiros podiam afogar as palavras.Sublinho:«sobre o poema derramo a tinta apagando a indelével sabedoria das palavras». Mas havia a salvação pelo palimpsesto.
Abraço
Excelente!
Vai lonje o tempo em que aprendiamos nos tinteiros as palavras que passávamos ao poema.
Exactamente
na ausência da tinta
no fundo do branco em gestos
onde esgrimem ou casam
as palavras que respiram
por guelras
mais que escrever poesia, importa realizar "a Poesia". no "losango da Vida"...
excelente.
beijos
"eterna procura sem paga nem remissão"
perfeito
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