terça-feira, 14 de setembro de 2010



Procuro no meu interior a linha de água. O fio condutor. Ainda aquele que Ariadne me queira oferecer para percorrer este imenso puzzle interior onde os labirintos e as cisternas se sucedem sem nexo nem casualidade. Rasgões. Feixes imprecisos. E, por momentos, um caminho que principia. A razão aqui torna-se inconsequente. Desprezada. O caminho tem regressos insuspeitos. Inquebráveis. Alargados. Caminhos donde se ausentaram a compreensão e as possibilidades.

Precisaria de uma equipa de espeleólogos para, em mim, encontrar a forma de vencer os obstáculos mas fui aprendendo que atrás de um outros virão como numa viagem sem fim.

Será por isso que sou viajante compulsiva?



HFM - Ericeira, 9 de Setembro de 2010


6 comentários:

Mar Arável disse...

Admito que sim

Nas águas os espelhos regressam

conforme as marés

Graça Pires disse...

Ariadne: a vida por um fio faz com que as viagens que fazes sejam principalmente dentro de ti mesma.
Um beijo grande.

jrd disse...

Como eu a compreendo, viajante incansável.
Abraço e boa viagem.

Ad astra disse...

caminhante
de
palavras

ma grande folle de soeur disse...

um moto que me apraz: ser viajante compulsiva... :) abraço

dade amorim disse...

Buscar-se a si mesmo é uma das maiores viagens que podemos realizar.

Um beijo.