Quando as tardes envelhecem mais cedo
guardam-se nos labirintos as memórias
e o desgaste do galope do tempo
linho envolvendo a tenacidade
quando o mar empalidece o discernimento
confundindo azul e universo
aí reencontro o rasgo, o grito, o impulso
concentrando-me na perenidade do transitório
rompendo o ar com um uivo rouco e dorido
sem norte nem clausura
como se as Parcas me tivessem escolhido.
HFM - Lisboa, 20 de Outubro de 2010
13 comentários:
O eterno fuso
da memória.
(elas fiam sempre, sem escolha nossa...)
Bjs
Nostálgico, mas tão belo,o teu poema!
Abraço
belo!
sem norte
na clausura
Cara Helena;
Excelente exercício poético, onde as emoções se projectam através do imo do poeta.
Gostei imenso.
Um beijo
Não as Parcas. As Musas. É um belo Poema.
Beijo.
Belíssimo!
Longa vida para si, Amiga.
Abraço
Também gostei muito de te ler :) beijos
Gostei muito.
Saudades de vir por cá mais amiúde.
Também me falta o tempo.
beijos
Belo como a Mitologia que dele emana.
um beijo
excelente poema, discernimento desse tear que é o tempo e sua perenidade.
parabéns, Helena!
“se”?! nada de “se”! foste escolhida, Amiga d’alé(mar)...
fios de Ariane. que de tão frágeis sufocam. no grito...
beijos
"Quando as tardes envelhecem mais cedo"...
como não a citar? belo, muito belo...
quem dera envelhecer fosse um embalar de memórias, doce, suave
e as horas, longevas, com a qualidade de um perene abraço...
grata de novo
beijo
Mel
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