Um eco de assobio transplantava
a cidade para o meu ouvido
memórias de outras ruas e praças
também o rio e ainda o bulício
arquitectavam palavras na assimetria
dos lugares e das pessoas
um filtro de saudosismo
percorrendo a coluna dos sentidos
onde se abrigam as imagens
e as dores
sensível obturador de vivências.
HFM - Lisboa, 13 de Fevereiro de 2011
11 comentários:
As cidades a passarem por nós e em nós o rio de sempre, caudaloso ou faminto, entre a nascente e a foz.
Um beijo.
"Sensível obturador de vivências" :)
Porque não destapar as memórias!?
e as águas...
correm indiferentes
na memória dos rios
poema ou retrato?
vidas, sentimentos, histórias, lugares, pessoas...
abraço Helena
Os sentidos atentos à vivência do dia a dia. Gostei muito.
Um beijo.
Há sempre um pormenor que nos desperta e que, por vezes, nos sobressalta!
Belas fotos e textos soberbos :) beijinhos
Belo lugar, este, onde as palavras criam o Lugar.
Um beijo
Um poema belíssimo sobre a memória.
"Um eco de assobio transplantava
a cidade para o meu ouvido", o início de um grande texto.
Abraço
J.
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