segunda-feira, 16 de maio de 2011

cais colunas



Olhares.com


Os sons misturam-se com o calor e ensandecem os sentidos. Fervilha no ar a respiração desprotegida. Um sufoco. Como uma agonia. Nas arcadas corre a brisa. Lugar de sombras e frescuras. Sôfrego, o olhar procura. Bem perto descobre a placidez do rio e a brisa que o guia. Bom porto, dirão alguns. Ainda o calor, dirão outros. Mas o rio sorri e sabe que naquele cais as colunas são o corolário de todos os aflitos. O lugar aonde se chega. O lugar de todas as partidas.

Até as gaivotas sorriem.




HFM








5 comentários:

mfc disse...

O lugar é lindo porque o é e pelas memórias que traz.

jrd disse...

Lugar de cumplicidades.

Ad astra disse...

sim, sente-se a brisa

Manuel Veiga disse...

... e o Tejo seguem seu curso!

e o cais como testemunha. do (nosso) tempo.

beijos

Mel de Carvalho disse...

entre as colunas marginadas
o sulco
a aresta boleada
e o vai-e-vem de todas as águas

de um mar que é nosso. e as dores de um povo...

Um abraço de Tejo e mar,
aqui tão perto.

Mel