Como sanguessugas mordem-me nas canelas os dias desalinhados. Nem a chuva os lava nem a vastidão do mar cumpre a solidão e perde-se no infinito. Há, nestes dias, uma melodia com falhas. Nem são notas dissonantes. Tão só o fragor desgovernado do desconhecido. Ao arrepio. De viés. Adormecendo nas rochas os limos da vida.
Só o mar sorri. Lembra-se dos corpos, dos náufragos e de tantos que ainda o procuram. Será insanidade?
HFM - Ericeira, 26 de Maio de 2011
6 comentários:
Creio que o mar se lembrará do dia em que foi gota a crescer no ventre da terra...
Um prazer cada leitura
Boa semana
Grata pela partilha
Mel
Este é o Mar dos nossos dias...
ou apenas a constante procura
O tempo anda pesado!
É um tempo de transição antes da serenidade do Verão.
não, é a vida...
beijinho Helena
perturbantes dias. em apenas o mar é lenitivo...
beijos
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