segunda-feira, 30 de maio de 2011

Diurnos




Como sanguessugas mordem-me nas canelas os dias desalinhados. Nem a chuva os lava nem a vastidão do mar cumpre a solidão e perde-se no infinito. Há, nestes dias, uma melodia com falhas. Nem são notas dissonantes. Tão só o fragor desgovernado do desconhecido. Ao arrepio. De viés. Adormecendo nas rochas os limos da vida.

Só o mar sorri. Lembra-se dos corpos, dos náufragos e de tantos que ainda o procuram. Será insanidade?


HFM - Ericeira, 26 de Maio de 2011

6 comentários:

Mel de Carvalho disse...

Creio que o mar se lembrará do dia em que foi gota a crescer no ventre da terra...

Um prazer cada leitura
Boa semana
Grata pela partilha

Mel

jrd disse...

Este é o Mar dos nossos dias...

Ad astra disse...

ou apenas a constante procura

mfc disse...

O tempo anda pesado!
É um tempo de transição antes da serenidade do Verão.

Luis Eme disse...

não, é a vida...

beijinho Helena

Manuel Veiga disse...

perturbantes dias. em apenas o mar é lenitivo...

beijos