segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dirunos


Picasso



Perdi-lhes o toque, o enfoque, o trote. Raio das palavras! sempre autónomas, sempre inseguras, sempre nuas, sempre dispersas, sempre contraditórias. Não poderão ser armazenadas em qualquer chip imutável?

Sorrio-lhes. É precisamente por serem assim que as amo. Pobres palavras, são ainda o pilar dos restos de vanguarda, de visão e onde se acoita a liberdade que deixámos viciar e perder.

Eu sou apenas o meio, é nelas que resiste a força, o trote, o enfoque e o toque - autónomas, seguras, dispersas, livres.

Amo-vos, palavras do meu contentamento!

HFM - Lisboa, 30 de Janeiro de 2012

7 comentários:

Mar Arável disse...

Repito

há palavras que respiram por guelras

Lindas

Ad astra disse...

palavras à solta

sorrindo à declaraçao

Teresa Durães disse...

as palavras têm o dom de nos transportar

jrd disse...

É bom amar as palavras, mas somente aquelas em que confiamos.

Graça Pires disse...

As palavras... às vezes vêm de muito longe. Mas vêm.
Um beijo, Helena

Manuel Veiga disse...

"POESIA, Liberdade Livre..."

reinventemos as Palavras. que sejam sangue e seiva.

grato.

beijo

Anónimo disse...

Também o menino
as soltará, às palavras-aves,
no próximo olhar
de ramo
ou árvore
ou folha
ou esquina.
Assim tu.
bjs da bettips