De repente viu-se numa noite para além da curva da estrada. Estremeceu. Era o mesmo lugar. Uma noite quente de Verão idêntica a essa outra que recordava. Ela tinha uma longa e larga trança preta que descia pelas costas. Era o mesmo mar.
Ouviu-se, então, murmurar:
- Como estás?
- Dentro do possível, bem. Tu pareces-me magnífico!
Sorriu.
- Para 91 anos, nada mau... e a gargalhada perdeu-se numa espécie de soluço.
HFM - Ericeira, 28 de Junho de 2009
6 comentários:
As memórias não têm idade.
Belo o teu texto.
profunda(mente)
beijos para ti
O que nos toca, o que guardamos em nós, não respeita tempo, nem idade. Belo. **
Muito bonito. As lágrimas suaves do sorriso.
Abraço
E quanto tempo houve, ou não, até aí...Deixa-se o mais importante para o fim.
Um beijo.
uma delicia.
comovente de ternura...
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