São reais as reentrâncias do medo
quando as velas esmorecem ao luar
e a distância prolonga a noite
e o susto dilata os enredos
São reais as reentrâncias do medo
quando o enfoque não cabe na perspectiva
e a alquimia não aceita segredos
São reais as reentrâncias do medo
quando as tangentes acompanham os degredos
Meu amor,
São reais as reentrâncias do medo.
HFM - Lisboa, 13 de Fevereiro de 2010
7 comentários:
lindo!!!
"quando as velas esmorecem ao luar
e a distância prolonga a noite"
Porque o medo é real e é necessária coragem para o penetrar.
secreta(s) alquimia(s)...
que as tangentes se cumpram. dobrando os degredos. e os medos...
beijos
Reais como a necessidade de um porto de abrigo.
E como a beleza do poema!
Só torneando as reentrâncias, só arrojando para lá da noite, lutamos contra a morte.
Um beijo.
O medo que nos perturba e nos encoraja...
Um beijo, Helena.
e o medo tem a capacidade de perfurar cada obstáculo
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