segunda-feira, 24 de outubro de 2011



da net nome e data na própria fotografia




a tua falta soa-me a teorema. perfeito. indestrutível e, contudo, vazio. sem aplicação prática. talvez um dia quando a vida for pó, num qualquer olimpo, ele faça sentido. agora, aqui, é vazio. o sublime não se acolhe no demonstrável. sou nómada dos impossíveis. prefiro o rosto à máscara. no local sem nome onde, um dia, julguei clarear o divino. do teorema não quero nem o enunciado. a demonstração é uma aborrecida cadeia de códigos. gosto da simplicidade dos rios. e da tessitura que vagueia sem freios.


HFM - Lisboa, 2011




5 comentários:

Ad astra disse...

quando a complexidade do sentir se traduz em poéticos contrários


Dolorosamente Lindo!

jrd disse...

Muito bom.
Um "vazio" que nos enche...

mfc disse...

Gosto desta forma clara de entender o mundo!

Mar Arável disse...

De facto

sempre

o rosto à máscara

e as verdades existem
porque são plurais

Licínia Quitério disse...

Desconstruindo o complicado. Muito bem.