Não te digo porque já não penso
vivo como se me apresenta a vida.
Aceito-a? Não, mas vivo
porque há sol, mar, vento, palavras, música
porque dos estranhos faço amigos
e quando os amigos me estranham, afasto-me
a vida é curta, Almada sabia-o,
e de que serve viver o que não tem sentido?
Já me roí de pensar
agora como que desleixo essa agonia
solto as amarras, liberto a pele
e há tanto mar...
e a lenda fala-me de outras terras
de caminhos sinuosos onde se respira.
Encho o peito de ar
e passo a passo
comigo viajo de braço dado ao futuro
na lâmina dos meus objectivos.
HFM - Lisboa, 25 de Fevº de 2012
5 comentários:
... e também assim...
se constroem amanhãs
Viajar na lâmina...intensamente.
os pontos de interrogação
dos caminhos sinuosos
O futuro (esse futuro) é sempre incerto, mas é o único uqe vale a pena!
sábias veredas. de tuas palavras inquietas.
beijo
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