Esfriam-se nas mãos as texturas. São farrapos acrescentados. Cadências que a cor multiplica e o olho desconstrói. Cimento que a vida agarra em cada pele como marca indelével de um sentir.
Encosto o olhar à textura. Com um dedo acaricio-a. Depois, levemente, sorrio. Em breve outra textura se sobreporá. Palimpsesto dos dias que assentam o enredado da vida. A voz que nenhum silêncio apaga.
HFM - Lisboa, 23 de Novembro de 2009
5 comentários:
uma textura que nos fala ao olhar
um beijo
A gula das cores. Ou das palavras.
As cores que nos dão a textura dos dias?
Por vezes, em cinza são, as palavras com que fechamos o dia.
Bjinho
na marcante eternidade feita de breves olhares
A forma como a arte te toca. Que nenhum silêncio apague.
A complexa simplicidade
da vida
recriada com um olhar
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