No silêncio da manhã
a dúvida
a eterna
pessoana e intrínseca
seca como estas canas
abanando ao vento
junto ao mar
não o mar de Durban
tão pouco o mar salgado
português
apenas o reflexo do sonho
a manta de retalhos
acobertando o sótão da memória
onde instalei a dúvida
socrática.
HFM - Ericeira, Outº 2011
9 comentários:
lindo poema, grande fotografia
não há dúvida nenhuma
E que melhor mar para uma resposta?
Grande o mar, grandes as dúvidas.
Diria o mesmo que a Licínia... a memória como vasto mar, guardando em suas profundezas as idades idas; a´dúvida como vasto mar, sereno ou tempestuoso.
Beijo, helena.
e quem se aventura à certeza?
e no entanto temos que prosseguir viagem. em mar encapelado. de dúvidas...
beijo
o silêncio da manhã tem o poder de entrar pelo buraco da fechadura do sotão da memória, Helena.
As nossas dúvidas arredam-nos da felicidade, mas permitem-nos pensar!
Todos os dias pergunto sobre mim para mim mesma.
Eternas dúvidas.
AMEI as palavras e a imagem.
Será que o mar guarda alguma resposta?
Bjs
S
O mar da Ericeira, propenso a dúvidas literárias.
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