quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Interrogando-me




No silêncio da manhã
a dúvida
a eterna
pessoana e intrínseca
seca como estas canas
abanando ao vento
junto ao mar
não o mar de Durban
tão pouco o mar salgado
português
apenas o reflexo do sonho
a manta de retalhos
acobertando o sótão da memória
onde instalei a dúvida
socrática.




HFM - Ericeira, Outº 2011

9 comentários:

Ad astra disse...

lindo poema, grande fotografia


não há dúvida nenhuma

jrd disse...

E que melhor mar para uma resposta?

Licínia Quitério disse...

Grande o mar, grandes as dúvidas.

© Maria Manuel disse...

Diria o mesmo que a Licínia... a memória como vasto mar, guardando em suas profundezas as idades idas; a´dúvida como vasto mar, sereno ou tempestuoso.

Beijo, helena.

Manuel Veiga disse...

e quem se aventura à certeza?

e no entanto temos que prosseguir viagem. em mar encapelado. de dúvidas...

beijo

Luis Eme disse...

o silêncio da manhã tem o poder de entrar pelo buraco da fechadura do sotão da memória, Helena.

mfc disse...

As nossas dúvidas arredam-nos da felicidade, mas permitem-nos pensar!

Anónimo disse...

Todos os dias pergunto sobre mim para mim mesma.
Eternas dúvidas.

AMEI as palavras e a imagem.
Será que o mar guarda alguma resposta?

Bjs
S

J.T.Parreira disse...

O mar da Ericeira, propenso a dúvidas literárias.