segunda-feira, 14 de janeiro de 2013



da net


O cimento dos dias arredonda a fadiga e o desprezo. Um tom cinza como que abafa este país. Uma voragem unilateral. Desumana. Desregrada. Um retorno só com bilhete de ida. Uma revolta que se (des)amansa e ferve, vindo por fora, e apagando o lume onde ainda nos aquecíamos. Como foi possível? E ainda nem 40 anos se passaram!
Desponta, na manhã de chuva, um sol pálido como que a encorajar a sobrevivência e, sobretudo, a revolta.

5 comentários:

Luis Eme disse...

é verdade.

o cinzento do cimento cola-se ao cinzento das nuvens e tudo fica pior...

abraço Helena

Ad astra disse...

sem volta

sem nada a azular os horizontes...

Mar Arável disse...

Que chovam relâmpagos

Manuel Veiga disse...

que o grito se solte. nas gargantas abismadas...

carlos pereira disse...

Ninguém calará a palavra ao poeta.
Gostei muito.
Abraço.