Quando nas palavras se ouve o eco do mar sabemos que passaremos todos os equinócios. Até o Bojador se torna tranquilo. Na boca apenas os resquícios de sal que vamos acumulando. No Inverno, quando a saudade apertar, ruminamos esses resquícios na imensa ternura com que nos aconchegamos nas palavras. Nas correctas. Nas insubmissas. Nas que teremos de inventar. E ainda naquelas que aceitamos nunca descobrir. Assim nos preparamos, entre equinócios e solstícios, para a longa inevitabilidade dos hiatos.
Bocados nossos que colamos às personagens...
Há 16 horas