domingo, 10 de fevereiro de 2013

 
 
 
Roubada a alguém ;)
 
 
 
Não era bruma eram as histórias cruzando-se no imaginário do mar, eram as cores bailando no vento e na confrangedora indolência dos dias, eram ainda os traumas escondidos e toda a panóplia das metáforas.

Histórias, sim, embrumando a lisura do caminho, cimentando nas rochas o medo e os limos da vida. Histórias, sim, provocando as danças de roda que trazem ao de cima a realidade do imaginário. Hist...órias, sim, secando no grito da gaivota os ecos de raiva que construímos. Histórias que eu prolonguei no passeio no paredão que, de tão reais, mais pareciam fictícias. Histórias que encrustei na grande angular com que desafiei a alma e os medos.

Ficaram alguns rabiscos, sumo dos dias a avivar a memória no gesto simples de "passear a linha". Ficou ainda o mar, presença imutável na minha vida, âncora de todas as derrotas e fonte de imaginação e esperança que ninguém destrói.

Mar - presença, constância, segurança, fio condutor desta barcaça descascada e ressequida perseguindo enxuta o rumo a que se ofereceu.

HFM - Cascais, 03.02.2013


5 comentários:

jrd disse...

Que belo texto Amiga.
Que seria do mar sem a sua presença.

Abraço

Ad astra disse...

alma que sabe a(mar)



Licínia Quitério disse...

As dores do mar que são nossas.

Mar Arável disse...

No mar todos os azuis

Belíssimo

Manuel Veiga disse...

barcaça(s) em maré viva...