segunda-feira, 18 de novembro de 2013


 
 
 
quando do chão os pés não se soltam, o ritmo distorce a ânsia e desvaloriza a serenidade. só  na noite o silêncio compõe a sinfonia que as ondas exibem no palco do mar e os anzóis amarram-se nas artes dos velhos mestres, hoje, sem barcos.

assim vai a incúria. assim, no labirinto, apetece-me  desistir.

não, não o farei – antes quebrar  que torcer; como as árvores que gosto de desenhar, também eu quero morrer de pé.
 

Lisboa, 18 de Novº de 2013
(fotografia retirada da net)

7 comentários:

jrd disse...

Sim! Mas antes, viver e escrever de pé.
Um abraço amigo

Mar Arável disse...

Belíssimo
viver
morrer de pé

Ad astra disse...

Como as árvores

-Que belo texto-

Era uma vez um Girassol disse...

A Helena continua aqui de pedra e cal, resistindo...
Belo texto, como sempre quando aqui passamos.
Beijinho da girassol

carlos peres feio disse...

Olá!
Long time no see...temos que nos ver um dia destes - passei pelo bairro alto e lembrei-me dos "comes" na Tasca do Zé (?)- bj Carlos -

Manuel Veiga disse...

... e colher os frutos de tua bela poesia.

Anónimo disse...

Não desistas, nem das árvores nem das palavras. Há sempre um eco do outro lado, uma eco-hábito de gostar das coisas.
Bj da bettips