segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Do diário




Quando a sombra percorrer o seu caminho deixará sempre vago o lugar do silêncio. Aí rasgarei a ponte entre a viagem e coisa alguma. Na rotação dos dias encontrarei a esfinge que já nada me perguntará. Ignorados os enigmas desgastam-se as perguntas. Leve, num ar rarefeito, procurarei a árvore e os vincos da sua história. Finalmente, nesse lugar, poderei desfiar o rol das minhas dúvidas nas tímidas horas de um crepúsculo.

HFM - Lisboa, 12 de Fevereiro de 2010



3 comentários:

Mar Arável disse...

Não existem sombras sem um sol

Bjs

Ad astra disse...

Nas timidas horas de um crepúsculo

na rotação dos dias

quando todas as perguntas encontrarem respostas

construida estará a ponte

francisco carvalho disse...

Belíssimo.
Quase secreto. Decerto sagrado.