quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Do diário




Berbere era o teu nome de vento e a simbologia do instante. A areia desenhava-te o corpo e esculpia-te o rosto no ocre estratificado das dunas. De ausências era o teu sorriso onde eu enquadrava a minha liberdade. Ritmos instáveis saboreando no ar a fragância do deserto e o silêncio envolvente dos nómadas que o atravessam.

Um dia voltarei e na miragem da tua mão estará sempre a certeza do inesquecível comprometimento.

HFM - Lisboa, 12 de Dezembro de 2010



9 comentários:

Ad astra disse...

num silencio repleto de miragens

explodem melodias das palavras

Graça Pires disse...

"De ausências era o teu sorriso onde eu enquadrava a minha liberdade". Muito belo!
Um beijo.

J.T.Parreira disse...

Helena, sei por que me lembrei neste texto de algumas obras de Exupery.
A nostalgia e a beleza do deserto e dos seus povos.
Abraço.

jrd disse...

Um Oásis de palavras.

Teresa Durães disse...

Serão os berberes a personificação do mistério? Estava a pensar nisso com os meus botões, nómadas, talvez a representação da segurança, não sei.

Um texto belo!

Ad astra disse...

não me canso nunca de ler este texto

Licínia Quitério disse...

Que beleza de imagem a que o texto se adequa lindamente.

Ana disse...

Guardar a memória das miragens inesquecíveis.
Belíssimo texto e imagem.

Manuel Veiga disse...

surgem assim no deserto - raras formas de vida. e de liberdade.

belíssimo.

beijos