segunda-feira, 31 de maio de 2010
Sem título
há dores e os dias
não correm de feição
uma lágrima aloja-se no mar.
Etiquetas:
poemas HFM;das partidas
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Continuando a saga de Antero

Outra tentativa de captar Antero no mesmo local que o anterior. Mais um dos seus belos poemas; este de outra índole.
Transcrevo o soneto que se lê mal.
Idílio
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos dum fôlego as colinas
Dos rocios da noite inda orvalhadas;
Ou, vendo o mar das ermas cumeadas
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longo, no horizonte, amontoadas:
Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão e empalideces
O vento e o mar murmuram orações,
E a poesia das coisas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.
Etiquetas:
das viagens
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Regresso dos Açores

O Palácio da Ventura
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que de súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formusura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante maus ais!
Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
Etiquetas:
das viagens
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Sem título

Quando as sombras se cruzam
baralham-se os olhares e os enigmas
abrindo o ar para o infinito.
HFM - 3 de Maio de 2010
Ainda pelos Açores. Até breve.
Etiquetas:
poemas HFM
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Das Lendas Esquecidas
Marinheiros antigos
inculcaram na pedra a lenda
e todos os trabalhos
trouxeram especiarias
e os sons doutros mares.
Contavam meus avós
que no solstício ao luar
como num cadenciar de remos
eles cantavam

ei, ei, vai... ei, ei, vai...
para barcos não há portos
ei, ei, vai... ei, ei, vai...
Vou estar ausente por uns tempos precisamente algures nesse Atlântico. Até já.
inculcaram na pedra a lenda
e todos os trabalhos
trouxeram especiarias
e os sons doutros mares.
Contavam meus avós
que no solstício ao luar
como num cadenciar de remos
eles cantavam

ei, ei, vai... ei, ei, vai...
para barcos não há portos
ei, ei, vai... ei, ei, vai...
Vou estar ausente por uns tempos precisamente algures nesse Atlântico. Até já.
Etiquetas:
poemas HFM
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Sem título
quando o incerto me invade
foco-me no som cavo da onda
onde o sol se reflecte
assim se contam dos dias
a história.
HFM - Ericeira, 29 de Abril de 2010
Etiquetas:
poemas HFM
Subscrever:
Mensagens (Atom)