quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dos Terrítórios Impossíveis





retirada da net



Era o mar revolto
encostada a ti
sentia a força
e a música aspergindo
a ilha ainda distante
como um coro
embalando-nos
no descomprometimento
e numa melancolia breve.
Lentamente aproximavam-se
as Berlengas
e a verdadeira realidade
do silêncio
e da areia na tua pele

deserto onde acostei
na íngreme parede da duna.




HFM - Lisboa, 6 de Junho de 2011


9 comentários:

ma grande folle de soeur disse...

belo! beijos

Ad astra disse...

música aspergindo

J.T.Parreira disse...

Encostados ao mar. Uma "analogia entis", um regresso. Gostei, e dos outros poemas anteriores também. Um abraço, Helena.

Mel de Carvalho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mel de Carvalho disse...

E haverá lugar de maior aridez e, simultâneamente, igual beleza que as Berlengas? O mar revolto que ameça engolir-nos e nos devolve a pequenez do que somos?

Vejo-as do terraço da casa num apelo de silêncio e palavra :)

Bem-haja
Beijo
Mel

jrd disse...

Tactear a areia e sentir a pele.

mfc disse...

Uma transposição linda da geografia para os corpos!

Manuel Veiga disse...

as ilhas são mágicas vistas de longe. como utopias de areia...

belíssimo, sim.

beijos

Ana disse...

Do mar e do silêncio onde nascem as palavras.
Belo !