terça-feira, 24 de novembro de 2009





Esfriam-se nas mãos as texturas. São farrapos acrescentados. Cadências que a cor multiplica e o olho desconstrói. Cimento que a vida agarra em cada pele como marca indelével de um sentir.

Encosto o olhar à textura. Com um dedo acaricio-a. Depois, levemente, sorrio. Em breve outra textura se sobreporá. Palimpsesto dos dias que assentam o enredado da vida. A voz que nenhum silêncio apaga.

HFM - Lisboa, 23 de Novembro de 2009

5 comentários:

uminuto disse...

uma textura que nos fala ao olhar
um beijo

bettips disse...

A gula das cores. Ou das palavras.
As cores que nos dão a textura dos dias?
Por vezes, em cinza são, as palavras com que fechamos o dia.
Bjinho

Ad astra disse...

na marcante eternidade feita de breves olhares

Ana disse...

A forma como a arte te toca. Que nenhum silêncio apague.

Mar Arável disse...

A complexa simplicidade

da vida

recriada com um olhar