sexta-feira, 2 de abril de 2010

Como uma oração


Onde a trama por onde enredo as linhas incertas na escuridão do labirinto?

Onde a claridade que avoluma o incurável sentido da negação?

Onde a promessa que se quer dádiva?

Onde o vulcão que te é nascente e foz?

Onde a palavra por inventar?

Onde o silêncio carregado de ecos?

Onde a cisterna que ensalivo?

Onde o tempo sem intervalos, hiatos ou finitudes?


Na linha pura do teu olhar.



HFM - Lisboa, 1 de Abril 2010

Boa Páscoa

8 comentários:

Márcia Maia disse...

Que belo poema, Helena. E este verso Onde o vulcão que te é nascente e foz? é um verdadeiro achado.
Boa Páscoa, amiga. Saudades tb.

Um beijo grande

Graça Pires disse...

"Na linha pura do teu olhar"...
Tudo o que é sede e água, tudo o que é terra e árvore, tudo o que fogo e vento... se encontra no olhar de quem se ama...
Um belo poema, Helena.
Um beijo e uma Páscoa com Amor.

jrd disse...

Onde tudo.
Belíssimo!

Ad astra disse...

absolutamente fantástico!

mais palavras estragava

Ana disse...

Na linha pura da tua poesia.

Feliz Páscoa, Helena *

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Na linha pura do teu olhar.

e assim tudo faz sentido!

boa páscoa e um

beij

Mar Arável disse...

Onde procuro

Bj

© Maria Manuel disse...

tudo "na linha pura do teu olhar". belíssimo! não tenho mais palavras.