domingo, 13 de setembro de 2009

Na bruma de Setembro




Não há termos. Certezas tão pouco. Linhas bem definidas que esfumo interiormente. Prefiro as minhas. Inventadas ao sabor do tempo. Fora das possibilidades e de todas as probabilidades. Incongruentes. Mas com o sal do mar e das lágrimas. Mais puras. Sobreviventes. Cientes de que a vida se constrói em cada margem. No parapeito da ponte. Rente ao silêncio e a todos os gestos.

Militante de incertezas vagueio entre mar e terra apurando o sentido no infinito - meu eterno ponto de fuga.

12 comentários:

Ad astra disse...

entre mar e terra

só a certeza de um porto

© Maria Manuel disse...

senti-me tão identificada com estas palavras, Helena!

e o magnífico final: «Militante de incertezas vagueio entre mar e terra apurando o sentido no infinito - meu eterno ponto de fuga.»... muito belo.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Manuel Veiga disse...

no parapeito da ponte. debruçada sobre a vertigem...

beleza. pura.

beijo

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

as margens , como nós ...
o infindo construindo-se ...
Gosto de aqui vir visitá-la e ficar lendo-a calado ...
cordialmente
__________ JRMARTO

jrd disse...

Quando o gesto é um olhar.
Abraço

Licínia Quitério disse...

"Rente ao silêncio e a todos os gestos" - é isso, a bruma...

Beijo.

Justine disse...

Fotografia de mistérios e adivinhações, texto de caminhos procurados. Muito belo!

Bandida disse...

é por aí o caminho, acho eu...


beijo

p.s. magnífico texto!!!

Fred Matos disse...

Belíssimos: texto e ilustração.
Ótima semana
Beijos

Mar Arável disse...

Na vertigem das incertezas

até as pontes

vistas debaixo

nos afogam em arco no pescoço

Sempre belo

Luis Eme disse...

e vagueias tão bem...

abraço Helena