sexta-feira, 17 de setembro de 2010




percorri a estrada. pelo menos imprimi nela os meus passos. não encontrei a encruzilhada. perdida, rasguei na terra o sulco da substância. este fugiu-me por entre os dedos como numa renda esfiapada. galgando pedras descobri o rio e fiz-me ao mar.

aí me quero. aí me encontro. nele, o som, a cor e o sal deslizam na vida como uma aguarela de Turner. apascentando os meus silêncios.


HFM - 11 de Agosto de 2010

8 comentários:

Luis Eme disse...

e encontras-te em muito boa companhia...

abraço Helena

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

um texto lindissimo, e bem acompanhado pela foto.

um beijo de maresia

jrd disse...

A beleza da curvas e a simetria da forma. A fusão pela palavra.
Abraço

bettips disse...

Por vezes penso-me
como estrada assim.
Abçs

Nilson Barcelli disse...

Belíssimo texto. Tal como vários outros que li.
Gostei do teu blogue. Acho que não conhecia.
Bom fim de semana.
Um beijo.

Ad astra disse...

lavando mágoas no mar...

Manuel Veiga disse...

apascentando silêncios. ate que expludam. em belas. e sábias palavras...

beijos

J.T.Parreira disse...

Um retorno às origens. Neste texto estão os dois temas portugueses por excelência: a Descoberto e a Saudade; os desejos de partir e de regressar.