quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Do diário



da ruína sobressai a coluna. única. quase intacta. leitura de um passado. aceno de um futuro. diário de bordo de uma pedra falante. bússola onde o norte do tempo nunca escapa ao sul - fusão de contrários.

na cidade perdida que a areia ocre invade impõe-se a coluna. verdadeiro marco de vivência.

como um sentimento que o tempo não consegue esbater.

HFM - 18 de Janeiro de 2010

4 comentários:

© Maria Manuel disse...

há marcos assim, que sobrevivem à fugacidade do presente, testemunhos das "vivências" de muitas gerações; e, olhando-os, sentimos como uma estranheza ao imaginar que houve ali um passado remoto, que haverá ali um futuro muito depois de nós.

beijo, Helena.

jrd disse...

Uma coluna que sustenta o tempo.
Muito bom.

Ana disse...

"como um sentimento que o tempo não consegue esbater" ... a magia que trazes das tuas viagens.
Um beijo, Helena.

J.T.Parreira disse...

Helena, passo para lhe deixar ficar a minha frase de hoje no Facebook, que a Helena tal como o Antonio Machado, pode usar como sua: «Y al cabo, nada os debo; debéisme cuanto he escrito».
Abraço