terça-feira, 4 de novembro de 2008

Anoitecidos


Tomei a mão da noite no rigor da espera. A simetria do silêncio invadia o lugar e a estranheza das memórias acorria ao surreal. As linhas afastavam o norte e perseguiam as certezas. A respiração hipnotizava os minutos e o ar rarefazia o tédio.

Rasgar a noite. Rasgar o olhar. Rasgar o traço na palavra desconhecida. Rasgar o trânsito enviesado da conjugação das horas.

Convergir para o ângulo subtil da noite onde se escondem os fantasmas.

12 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

porque nos rasgas assim?




.






bom dia H.

Teresa Durães disse...

noite rasgada onde as memórias nos suplantam

Fred Matos disse...

Um belo balé de metáforas, poesia na sua mais ampla acepção.
Beijos.

Justine disse...

...rasgar o silêncio com as palavras certeiras e o verde de esperança!

jrd disse...

Sublime, a maneira de levar a noite pela mão até amanhecer.

Maria disse...

rasgar-me.
num grito...

Beijo

vida de vidro disse...

Palavras que em nós ecoam, rasgando caminhos. Por entre a estranheza das memórias. **

francisco carvalho disse...

Ganhei a mão da noite no sabor de um texto assim.

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Tomar la mano a la noche.

Sugerente.

Voy a intentarlo a ver si se deja.

Besos.

CNS disse...

O ângulo onde se escondem os medos.

© Maria Manuel disse...

encontrar o momento da palavra, na confluência do silênio, da noite, da memória e do traço.

Ad astra disse...

convergência...
rigorosa espera!!!
bjo