quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Da vida e do deserto



Quando das cisternas desapareceu a água
estreitaram-se nos círculos os medos
esmaecendo na miragem as dunas


refulgiu, então, o sorriso das paixões
no silêncio da noite berbére.



HFM - Lisboa, 20 de Outubro de 2008


12 comentários:

Teresa Durães disse...

noites de deserto que tudo contém

Ana disse...

Essa imensa noite que só a lua ilumina.

J.T.Parreira disse...

Helena, gosto de tudo que trate do deserto. O poema lembrou-me as cisternas rotas, de q. fala o V.Testamento.
Mas como o final do dia ondula no dorso das ondas!

Graça Pires disse...

Costumo dizer que nascem no deserto os feiticeiros da sede. Acho que as feiticeiras também...
Belo este teu pequeno poema.
Um beijo.

jrd disse...

E a noite agitou-se sedenta.

Fred Matos disse...

Um belo poema com sabor de haicai.
Beijos

mfc disse...

Assim se sentiram os povos primitivos após o solstício de Inverno.

batista disse...

a noite é a manhã de sol que se avizinha. mais cedo ou tarde.

deixo um abraço fraterno.

Bandida disse...

o deserto onde tudo existe...

Luis Eme disse...

noites com luas quase gigantes, que trazem o mistério da mil e uma noites, Helena...

Francisco disse...

à deriva, nas dunas...

Manuel Veiga disse...

ir além da sede...
belo.

beijos