Um BOM ANO com paz, afectos e um mundo menos materialista e mais sábio.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Etiquetas:
avulso
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Sem título
da Net
Quando o delírio esvoaça
no aperto da madrugada
soltam-se nos labirintos
os fantasmas naufragados
Ariadne estende o seu fio esfarrapado.
HFM - Lisboa, 26 de Novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
HFM
Há uma sucessão incessante no acerto dos dias. Ocupando-me descanso no assombro do tempo e da sua redução. Procuro no finito o infinito e a aparente solidão em que me confino é a solução ou a defesa para um mundo hostil e em que não acredito.
Vagueia nos dedos e na interioridade o sentido da transcendência. Oblíquo é o caminho da vida.
HFM - Novembro 2012
Etiquetas:
diurnos
domingo, 18 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
HFM
Não são as lágrimas que contam, são as contas que os dias não acertam na incerteza da demência. Rasgões azulando a alma na cisterna do esquecimento. Assim, o céu pode estar coberto de nuvens, a chuva já não lavará o indizível.
HFM - Novembro 2012
Etiquetas:
escritos
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Como que uma ausência
Quando o cansaço não tem fendas e apenas cerra a cor e o som, há, em mim, um limite mínimo de aceitação, uma revolta cava, um grito já sem fôlego. Os braços pesam e pendem e o corpo não acompanha a vontade que parece ainda estar formatada a outro tempo.
Por entre a chuva brilhou agora um raio de sol. Posso acreditar nele? Creio bem que não.
HFM - Lisboa, 24 de Outubro de 2012
Etiquetas:
diurnos
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Quando o sol é pedrada num charco sem luz, o outono clareia mais cedo e as nuvens entontecem, na marina, os veleiros. Os verdes, quase castanhos, contemplam à sua volta, no espelho de água, a cor esmaecida onde se reflectem. Só o mar teima em guardar o azul ultramarino - mais cerrado, é certo - mas sempre impondo-se e afastando qualquer toque de cinzento. Ali reina ele. Pode adaptar-se, vestir-se de alguas roupagens novas, oferecer uma sensação de calmaria mas, sempre, inabalavelmente, é ele que dita as suas leis. De calmo e turquesa, rápido se torna indigo e as ondas avançam para lá das rochas na direcção do aparente sossego em que as gentes habitam. Então, estonteadas, as gentes apercebem-se da sua vontade, de que a sua lei é a mais forte e avassaladora. Que a grandeza não se esgota no dia-a-dia - é eterna.
Com o mar me quero, nele me cumpro, com ele aprendo. Encosto a mim as suas forças e prometo-me que não adiarei mais aquilo que sou e me quero.
Nesta ilha de lava, de mar, de vento e de uma força renovada que, há bem poucos anos, em termos de natureza, a alargou, eu encontro a força e a determinação inabalável de me cumprir com as minhas leis, a minha educação e a razoabilidade inteligente de saber que a minha liberdade termina onde começa a dos outros. O contrário também.
HFM - texto e aguarela, Setembro de 2012
Etiquetas:
escritos
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
da net
Um dia os deuses contarão
do sonho a lenda
e no azul cerúleo de um céu real
os homens estáticos já não perceberão
dos códigos os significados
perder-se-ão nos caminhos
não reconhecerão os labirintos
quando exangues olharem para a frente
a estrada diluir-se-á em fumo.
HFM - 6 de Outº de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Para o meu pai, no seu dia
HFM
Aproveito o silêncio que ainda ecoa em mim. O silêncio - um estado interior em que, por vezes, me sentia reconfortada, como se tudo fizesse sentido. E não fazia.
Uma semana volvida sobre o retorno das ilhas o eco está cá dentro. Impeço-lhe a actuação. Tenho medo que se esgote e preciso desta provisão de silêncio. De um bem estar que nada tem a ver com o mundo exterior apenas com esses dias vividos num meio diferente, com tempo, com calma onde duas forças se completam e me unificam - o mar, os verdes.
Nesse eco estão esculpidas todas as histórias que ainda não me contei. Nesse eco vive a harmonia. Nesse eco transparece um mar, mutante na cor, perene na força e beleza. Nesse eco sinto a força telúrica de uma ilha que não acompanha o tempo da cidade que habito e pela positiva. Nesse eco confundem-se imagens e vida. Nesse eco há ainda e não é displicente a amálgama dos dias de férias, despreocupadas e bem aproveitadas. Nesse eco ressoa ainda o medo quando o vento e a chuva da "Nadine" me pregaram um grande susto. Esse eco plasma-se nos desenhos dos diários gráficos para onde tentei passar olhares, visões, fantasmas, fantasias e toda a panóplia de registos que ocuparam os meus dias.
Trago nos olhos o cheiro das ilhas que invento, no olfato, que não tenho, a visão que cravei em mim, no gosto o gesto táctil dos desenhos que fiz e no tacto o gosto da pimenta da terra que me ensaliva o coração.
Até breve ilhas que se perderam no meu imaginário e no meu contentamento!
Lisboa, 1 de Outubro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Sentida homenagem
Apesar de estar nos Açores soube agora da morte do prof. David Lopes, meu professor de estética e um amigo que guardo dentro de mim. Não me sentiria bem se não deixasse aqui esta homenagem a um grande homem - vertical, eclético e com uma enorme cultura.
Como diz o povo português "que a terra te seja leve". Obrigada, David.
Como diz o povo português "que a terra te seja leve". Obrigada, David.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Vou ali e já venho
Deixo-vos com esta aguarela feita recentemente nas Conchas num belo dia de sol, não neste cinzento que hoje o verão nos oferece.
Vou ali até à Atlântida ou ao que dela resta ou ao sonho que dela temos. Vou, contudo, para um dos mais belos lugares onde ainda há silêncio, verdes a perder de vista e todo o mar/horizonte por nossa conta.
Se conseguir tentarei actualizar de vez em quando o blogue.
Até breve - um breve que, espero, decorra lento.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Sem título
Na ternura dos teus dedos
sinto o mar e o infinito
tangindo ecos nos meus labirintos.
HFM - Lisboa, 24 de Agosto de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Lendo-te
da net
esperas sem destino nem partidas
rendas em silêncio esculpidas
na cristalina ausência dos dias
como um veleiro de sal ao sol.
HFM - Lisboa, Agosto 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
Sem título
intocável é a melancolia dos charcos
quando a luz desce rente ao sol
fragilizando os ecos
num horizonte de neblinas
terras puras onde se decompõe o silêncio.
HFM - Agosto 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Semiencerrou os olhos e da luz ressaltaram cinco varões, verdes e terras subindo até um céu azul cerúleo a perder de vista.
Deixou-se ficar quieta derretendo no calor de uma tarde que nem a brisa marítima cortava. Indolente. Desprotegida de pensamentos ou dúvidas. Alheada. Acordada de um dormitar que lhe proporcionara evasão. Na ausência dos simples. Sem confrontos. Sem dúvidas. Sem dores existenciais. Num limbo de calor que se perdia no telúrico do que, deitada, avistava.
A ausência que antecede o impacto. O silêncio que interrompe o grito. A fragilidade que trará a força.
E, nem sequer, como antigamente, à sesta se seguiriam as brincadeiras.
HFM - Ericeira, 17 de Julho de 2012
Etiquetas:
escritos
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Os azuis acertam-se no confronto da tarde
o sol persegue-os
no trilho das ondas.
HFM - Ericeira, 6 de Julho de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
terça-feira, 10 de julho de 2012
claustro de Aix-en-Provence
uma vaga insana
percorria o silêncio
desaparecera o claustro.
HFM - Junho 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
sábado, 30 de junho de 2012
Porque hoje é o teu dia
E ela sorria
e ela sorri-nos
como outrora
como hoje
como sempre
na eternidade
do inesquecível
vem, mãe,
vem de mansinho
junta o teu ao meu sorriso
na perpétua
maturação do amor.
HFM - 30.06.2012
e ela sorri-nos
como outrora
como hoje
como sempre
na eternidade
do inesquecível
vem, mãe,
vem de mansinho
junta o teu ao meu sorriso
na perpétua
maturação do amor.
HFM - 30.06.2012
Etiquetas:
poemas HFM
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Anoitecidos
da net
Traços na noite delimitam o espaço e o tema. Recorrente são as histórias e as curvas e contracurvas com que as construímos. Imaginários a que desconhecemos a origem. Solidões que recortamos nos temas que construímos, nas imagens que deformamos, nos diálogos que, em nada, se assemelham aos da rotina.
Assim se dedilha a noite. Assim a vida ganha outros delírios onde ao expormo-nos nos retomamos.
HFM -25 de Junho de 2012
Etiquetas:
anoitecidos
domingo, 17 de junho de 2012
Dos desejos intocáveis
O som dos búzios desinquieta
nas árvores das Conchas a rotina
aporta o mar e os seus trilhos
entrelaçando-os no lago
onde só se ausenta o veleiro
o som acastanha-se e convoca-me
ao labirinto dos acasos
onde os veleiros, mesmo de papel,
atravessam oceanos e escondem-se
nas memórias de tenebrosas baías
até que sol, vento, verdes, árvores
espelhem no mar a realidade
como um conto de fadas
uma lenga-lenga
um eterno rosário de adivinhas
então, os deuses, surpreender-nos-ão
tornando humano este estranho e impossível mundo.
HFM - Lisboa, 14 de Junho de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
quarta-feira, 13 de junho de 2012
HFM - Itália - S. Miniato al Monte - Florença
O traço caiava na palavra a poeira
um brilho frágil sem fronteiras
renasciam nas letras as palavras.
HFM - Lisboa.05.06.2012
Etiquetas:
poemas HFM;
quarta-feira, 6 de junho de 2012
um manto oculta
na tarde o silêncio
só a procura redime
só a descoberta pacifica
é estreito o trilho do caminho.
HFM - 6 de Junhode 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
segunda-feira, 4 de junho de 2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
as cerejas marcavam o tempo
na inércia da tarde
o brinco coloria a orelha da criança.
HFM - Lisboa, 1 de Junho 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
domingo, 27 de maio de 2012
HFM - Monte Branco
Quando os quilómetros são ausências e o viajante furtivo - há uma saudade inóspita.
Nos labirintos recriam-se montanhas. E a espera desespera. Inconsequências que os tempos aportam.
Etiquetas:
escritos
domingo, 20 de maio de 2012
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Equacionando
sempre que olhares o farol
pensa
- na noite ou na neblina -
indicar-te-á o caminho
na serenidade dos puros
no ouvido do mar
no retorno das histórias
na quebra da onda prometida
olha e pensa
o farol ancorar-te-á
na lava que nenhum vulcão assassina
ou nas poças de água
onde o caminhante descansa
e se perturba
no ronco da terra
escuta o significado
apreende a vida
e pensa
só assim a ferida se calará
e a solidão.
Lisboa, 12 de Maio de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Amordacei no traço a vivência
suspendi-a
assim me surpreendi.
suspendi-a
assim me surpreendi.
HFM - 11 de Maio de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
terça-feira, 8 de maio de 2012
Lisboa encolhe-se na sua grandiosidade. Não se revela. Hesita. Gagueja. Atormenta. Ultrapassado o filtro com que se cobre Lisboa é luz, sombra, beleza, sol, rio, mar, colinas, miradouros, jardins, monumentos e aquele desleixo com que gostam de a vestir.
Lisboa é um labirinto onde o olhar se perde e o prazer se apruma.
É a minha cidade e, pondo de lado o desleixo, as obras, a porcaria, é uma das mais belas cidades europeias.
Uma cidade única - facciosismo à parte!
HFM - Lisboa, 7 de Maio 2012
Etiquetas:
Lisboa
domingo, 6 de maio de 2012
Quando há muitos anos só te tenho em mim
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz
viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho
sede! Eu prometo saber viajar!
Quando voltar, é para
subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da
nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as
minhas viagens, aquelas que eu viajei tão parecidas com as que não viajei,
escritas ambas com as mesmas palavras. Mãe! Ata as tuas mãos
às minhas e dá um nó cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa
casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a
nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão
pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça, é tudo tão verdade!
Quando passas a tua mão na minha cabeça, é tudo tão verdade!
(A Invenção do Dia Claro, de Almada Negreiros, INCM)
sexta-feira, 4 de maio de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Firenze
Gostaria de estar nesta cidade e particularmente comendo um destes gelados dos Vivoli - os melhores do mundo!
quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quando o distanciamento se torna eternidade
no mar acende-se o fogo-de-santelmo
uma friura arrepiando o som
como nas trombetas a revolta
nem a brisa suaviza o declínio
nem a claridade ofusca o incompreensível
assim entreteço
o fel, a fome, a fúria e a fisga
que num só gesto
arrebatarei a David
para abafar o indizível.
HFM - Abril 2012
Etiquetas:
poemas HF
segunda-feira, 16 de abril de 2012
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
quarta-feira, 11 de abril de 2012

Corro as certezas na tela. Diluídas se esfumam. Posso então refazer a história. Toda. E sorrirei quando os pingos, qual rio, escorrerem numa direcção que me redimensione. Outra. Então o encarnado ressurgirá, não como sangue - lava purificadora noutro céu que saberei construir.
Metamorfoses desviando equívocos.
HFM - Lisboa, 10 de Abril de 2012
Etiquetas:
do diário
segunda-feira, 9 de abril de 2012
À Espera

Há um ritmo secreto
no vento que vira as folhas
dos dias
um ritmo com sons de jazz
trompete destacando
das horas os minutos
numa pauta sem símbolos
onde os sons são
do tempo a erosão
colcheias fustigando-se
numa clave desconhecida.
HFM - 21012
Etiquetas:
poemas HFM;
terça-feira, 3 de abril de 2012
Descodificando o olhar

Quando no olhar me detive
abriu-se a panorâmica
e o rio era o fundo indestrutível
sinal de infinitude
nas lágrimas dos dias
Quando no olhar me detive
o mundo era meu
e a deserção impensável
Só o infindável abarca o olhar.
HFM - Lisboa, Fevº 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
domingo, 1 de abril de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
No fio das horas
a tessitura do momento
e o instante único
quando o vento se verga.
HFM - Março 2012
Etiquetas:
poemas HFM;
segunda-feira, 26 de março de 2012
Sem título
Quando a tonalidade se perde nos filtros
só as memórias nos recuperam
no rumo de novos passos
eterno ciclo de descobertas!
HFM - Março 2012
Etiquetas:
poemas HFM
quinta-feira, 22 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Visita ao Convento da Arrábida com o Centro Nacional de Cultura
Fui, no passado sábado, visitar o Convento da Arrábida com o CNC ficam algumas das fotografias que lá tirei. Sem palavras pois ali o que conta é a paisagem, a beleza e a espiritualidade do local - tudo o mais são redundâncias.
Etiquetas:
fotos,
viagens na minha terra; fotos
Subscrever:
Mensagens (Atom)